segunda-feira, 15 de março de 2010

Beneficência

A razão primeira que levou á criação das Misericórdias foi o combate á pobreza que reinava entre as classes mais desfavorecidas, embora o bem de alma pelos Irmãos também constasse dos Compromissos, assim, podemos verificar que a SCMS, distribuía pelos pobres uma fatia significativa das receitas, ainda que esta ficasse muito aquém das necessidades reais da população.
Para além das quotas regulares para a beneficência distrital, a Santa Casa distribuiu entre outros o seguinte:
Em 1862 pelos pobres 41 alqueires de centeio, em 1910 foi distribuída pelos pobres a importância de 10$875, em 1912 foram distribuídos 27$87 mais 5$00 para livros às crianças pobres, em 1922 e numa receita de 115$00 foram dados aos pobres donativos no valor de 45$00 e em 1927 a Misericórdia distribuiu 142$67 pelos pobres e 50$00 para livros de crianças necessitadas.
Em 1938; esmolas aos pobres 150$00, material escolar às crianças pobres; 50$00.
Em 1960, e numa receita de 4.032$30, forma despendidos 2.919$00 em esmolas a pobres, inválidos, doentes, e ainda remédios para quem não podia suportar esses encargos.
Estes números são bem a prova evidente de que a SCMS não era simplesmente uma Irmandade religiosa, tendo como objectivo apenas o bem espiritual dos Irmãos, mas que se preocupava também com a sua situação temporal e tentava dentro das limitações próprias do meio rural em que estava inserida, atender às necessidades mais prementes dos cidadãos necessitados.
Actualmente, ainda que as necessidades dos habitantes do Soito não sejam notórias nem preocupantes há a referir que a Santa Casa distribui regularmente géneros alimentícios de primeira necessidade, os bastantes e suficientes, por cerca de uma dezena de famílias das mais carenciadas a residir na freguesia.

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