segunda-feira, 15 de março de 2010

Rendas

Rendas de hoje e de outros tempos

Em 1847, a Santa Casa recebeu cento e catorze alqueires de centeio no valor de 27.360 reis pela renda dos prédios rústicos, recebeu ainda 2.180 reis de castanheiros e 6.250 reis referentes a rendas de palheiros.
Em 1858 recebeu de renda de um lameiro nas Alagoas o valor de 5.820 reis, tendo gasto no ano anterior a quantia de 13.980 com a sua vedação, recebia também a renda de um prédio que possuía em Quadrazais e que em 1858 se cifrou em 2.000 reis, essa renda deixa de aparecer contabilizada a partir de 1871 e no ano anterior o seu valor foi de apenas1.280 reis.
Em 1860 a SCMS recebeu 168 alqueires de centeio de rendas e distribuiu 41 pelos pobres, o que equivale a cerca de 25%.
Em 1874 a renda atingiu o máximo: 239,5 alqueires e o estranho é que passados quatro anos, em 1878, essas rendas desceram para níveis cinco a seis vezes menores, sem que para tal fosse dada qualquer justificação e jamais recuperaram da queda.
Hoje as rendas dos prédios são apenas de valor simbólico: umas poucas dezenas ou escassas centenas de euros.
Inscrições

Entendem-se, ou entendiam-se aqui por inscrições, os depósitos em capital, detidos pela SCMS numa entidade bancaria, concretamente a Junta de Crédito Publico.
Em 15 de Junho de 1881 foi elaborado um inventário dos depósitos da Misericórdia, chamados inscrições e que rendiam ao juro de 3%.
Eram 16 inscrições numeradas e datadas, cujo valor totalizava 3.100.000 reis, (exactamente três contos e cem mil reis) o que para a época era já uma pequena fortuna.






Inscrições da SCMS na Junta de Crédito Publico em 15 de Junho de 1881


Inscrição N. 17.359 no valor de 100.000 reis ao juro de 3% ao ano
“ 17.360 “ 100.000 “ “ “
“ 17.357 “ 100.000 “ “ “
“ 172.715 “ 100.000 “ “ “
“ 178.716 “ 100.000 “ “ “
“ 178.935 “ 100.000 “ “ “
“ 180.685 “ 100.000 “ “ “
“ 180.686 “ 100.000 “ “ “
“ 182.465 “ 100.000 “ “ “
“ 46.324 “ 500.000 “ “ “
“ 64.581 “ 500.000 “ “ “
“ 81.497 “ 1.000.000 “ “ “
“ 8.882 “ 50.000 “ “ “
“ 9.976 “ 50.000 “ “ “
“ 10.625 “ 50.000 “ “ “
“ 10.923 “ 50.000 “ “ “
Total………………………… 3.100.000 reis

Assinaram este inventário o Provedor José Fernandes Farinha e o Secretário Bernardo Robalo Nunes
Em 1891 os juros recebidos pela Santa Casa totalizavam 79.000 reis, tais juros aparecem contabilizados até 1917 no valor de 97$650, em 1947 aparece o valor de 41$01 nas receitas provenientes dos juros referentes ao 1º trimestre e correspondentes ao certificado de Renda Perpetua numero 873 da Junta de Credito Publico, em 1960 o juro das inscrições foi contabilizado em164$00 e não aparece qualquer documento relativo á possível movimentação ou uso desse capital.

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